segunda-feira, 10 de outubro de 2011

A ANATEL ataca (a concorrência) novamente

Qualquer pessoa lúcida sabe que a concorrência é algo positivo em qualquer mercado de bens ou serviços, sobretudo do ponto de vista do consumidor, que tende a ter mais e melhores possibilidades de escolha na hora de decidir comprar algo. Portanto, é óbvio que as privatizações ocorridas no Brasil na década de 90 foram boas. Mas será que não podiam ter sido melhores? É óbvio que sim. Se você duvida, leia esses textos: sobre as privatizações (parte 1) e sobre as privatizações (final).

O Brasil privatizou alguns setores – e isso já foi suficiente para melhorá-los –, mas não os desestatizou. Em vez de exercer diretamente as atividades econômicas que exercia antes (sempre dando um show de ineficiência), passou essa tarefa para a iniciativa privada e assumiu a posição de regulador.

A regulação estatal significa que não existe livre mercado nos setores regulados. As pesadas e esquizofrênicas regulamentações criam barreiras insuperáveis a novos competidores, o que acaba criando reserva de mercado para umas poucas e bem relacionados empresas. Quem se prejudica com isso? O consumidor, é claro!

Quer um exemplo de como a regulação estatal pode ser estúpida e contrária à livre concorrência? Leia essa matéria: Anatel quer ter possibilidade de restringir oferta do seac por questoes concorrenciais.

Leu? A ANATEL acha que o excesso de competição é ruim e quer ter poder para limitar o número de competidores. O Brasil é ou não é o país da piada pronta?

André Luiz Santa Cruz Ramos

2 comentários:

  1. Já era de se imaginar. Num país cujo Estado é gerenciado por apedeutas, bitolados por uma ideologia retrógrada e extremamente utópica, é natural que a conclusão seja a pior possível. Ótimo texto.

    ResponderExcluir